O Renault Megane foi atualizado para bater a concorrência. Descobre o que traz a nova aposta da marca francesa.

A concorrência não dorme e obriga o mundo automóvel a estar em constante atualização para que cada modelo se mantenha líder no seu segmento. A resposta da Renault foi introduzir alterações significativas no popular modelo compacto, e que se notam logo ao primeiro arranque. Mas será que são suficientes para justificar a compra? Vamos descobrir.

Desempenho: pronto para as curvas

Os motores do Renault Megane são dos grandes destaques, com potências pouco comuns no segmento. Há unidades a gasóleo, gasolina e híbridas, que variam entre os 115 e 160 CV. Mesmo a de 140 CV consegue já alcançar ritmos fortes poupando a caixa de velocidades, com um chassis que encara as curvas com precisão e vigor. Ainda assim, a potência superior concede maior sensação de desafogo, que satisfaz os condutores que valorizam uma condução dinâmica.

A versão híbrida é outras das novidades com uma potência máxima combinada de 150 CV. Os consumos oficiais situam-se nos 1,2 litros para cada cem quilómetros, com emissões na ordem dos 28 gramas de CO2 por quilómetro. Consegue atingir os 100 km/h em apenas 9,4 segundos e uma velocidade máxima de 175 km/h. Números que possibilitam um desempenho ágil e seguro, com especial estabilidade em curva. A eficácia da suspensão é bem evidente num primeiro contacto, reduzindo os efeitos indesejados dos maus pisos, sem perder eficácia desportiva.

Design: aerodinâmico e emocionante

O design do Renault Mégane deu um salto gigantesco que é emocionante de ver e conduzir. Toda a dianteira está dotada de faróis integrados na carroçaria, com especial destaque para o novo logotipo da marca ao centro, agora com maiores dimensões. Ainda que se reconheça o “rosto” já familiar da marca francesa, a imagem, a habitabilidade e versatilidade foram surpreendentemente bem reescritas.

Merece especial referência a iluminação dianteira totalmente em LED, as sedutoras jantes em liga leve de 18 polegadas e as ponteiras de escape integradas no difusor. O resultado é um Renault Mégane mais moderno, equilibrado e elegante, com a capacidade aerodinâmica que se exige a uma prestação de topo.

Equipamentos: mergulhado em tecnologia

Passando para o interior, este Renault Mégane melhorado tem diferenças notórias relativamente ao seu antecessor, a começar nos bons revestimentos do tablier, mais sólido e mais tecnológico. Os comandos são ergonómicos, pensados para o conforto de utilização, e o espaço de arrumação está bem pensado. Quando ao espaço para os ocupantes, o lugar traseiro do meio é mais uma solução de recurso e não propriamente um lugar de conforto. Contudo, há bastante espaço na bagageira (até 384 litros de volume), sendo que as baterias da versão híbrida não reduzem a área disponível nem comprometem o acesso.

Sobressai um painel 100% digital e configurável, bem como um novo e cativante ecrã central de 9,3 polegadas, compatível com Apple CarPlay e Android Auto. A lista de ajudas à condução é extensa, mas destacamos o regulador de velocidade adaptativo, travagem ativa de emergência, alerta de excesso de velocidade com reconhecimento dos sinais de trânsito, câmara de marcha-atrás e estacionamento mãos livres. Para não falar nos 3 modos de condução – Pure, Sport e My Sense – que permitem personalizar o Megane à medida das tuas preferências. Com o modo Pure, podes circular no modo 100% elétrico a uma velocidade até 135 km/h. Se optares pelo modo MySense ou Sport, e ativares a função E-SAVE, podes prever uma reserva de energia elétrica (mínimo de carga de 40%) para utilizar quando precisares.

Preço: dentro do expectável

O bom desempenho e a tecnologia pagam-se. No caso do Renault Mégane, a fatura começa nos €32.200 nos motores a diesel e gasolina. A versão híbrida arranca no €36.900, sendo que, em todos os casos, os preços vão subindo à medida que se avança no nível de equipamentos.

Renault Megane: qual o veredicto?

O Renault Megane deixa uma ótima impressão em todas as motorizações, com uma entrega fiável e linear de potência. Também quanto ao conforto e ao consumo, a marca reforçou claramente os seus argumentos. Assim, se estás a pensar em fazer a transição para a mobilidade elétrica, a versão híbrida é um bom ponto de partida. Por outro lado, se estás inclinado para os motores a combustão, o Renault Megane é, sem dúvida, uma das propostas mais seguras e convidativas do segmento.