Carsharing: tudo o que precisas de saber
O Carsharing pode ser a solução para ti se não tens carro e precisas de te deslocar pontualmente. Descobre como funciona e os cuidados a ter.
Se procuras uma forma flexível e eficiente de te deslocares pela cidade, o Carsharing pode bem ser para ti. Descobre o que é, como funciona, os preços e os cuidados a ter.
Carsharing: o que é?
Na prática, trata-se de um serviço em que tens acesso temporário a um carro. Imagina que precisas de ir do Porto a Lisboa, mas não tens carro nem queres usar um transporte público. Podes alugar um carro só para esse efeito, e fazer o mesmo no regresso. Pagas apenas pelo tempo de utilização e pela distância percorrida. O valor já inclui o seguro, o combustível e o estacionamento. Não há taxas de inscrição, fidelização, nem qualquer tipo de mensalidade fixa.
Ao contrário do que o nome indica, não tens de partilhar o carro com outras pessoas – o chamado carpooling, popularizado por serviços como o BlaBlaCar. Podes usá-lo de forma totalmente privada.
Podes ainda beneficiar com o carsharing de outra forma: se tens um carro que não usas muito, podes inscrevê-lo nas plataformas deste serviço. É uma forma de teres um rendimento extra com o teu carro, durante os períodos em que não precisas dele.
Quais as vantagens do carsharing?
Com o carsharing, evitas os custos fixos associados à posse de um carro próprio, como seguro, manutenção e estacionamento, o que é especialmente importante para quem não precisa de usar um carro com frequência. Aliás, esta é a principal vantagem assinalada por 58% dos portugueses que recorrem ao carsharing.
Além disso, podes reservar um carro apenas quando precisas, sem compromissos a longo prazo, o que é ideal para quem faz uma utilização esporádica do veículo ou para situações em que a posse de um carro próprio não é prática. Muitos serviços de carsharing disponibilizam uma grande variedade de tipos de veículos, desde carros compactos a carrinhas ou veículos elétricos. Por isso, podes escolher a opção mais adequada para cada momento – uma pick-up para levar a prancha de surf no fim de semana, ou um citadino para os teus compromissos da semana. E, claro, não tens de pagar estacionamento.
Por fim, há a questão da sustentabilidade. Recorrer ao carsharing reduz o número de carros nas estradas, o que contribui para a redução do tráfego, dos congestionamentos e, por consequência, das emissões de gases poluentes.
Há limitações?
Se vives fora de Lisboa ou do Porto, pode ser mais difícil ter acesso ao carsharing. Por outro lado, podes ter dificuldade em encontrar um carro livre em hora de ponta. A limpeza do automóvel e o abastecimento podem ser também alguns dos desafios do carsharing. Finalmente, dependendo do número de quilómetros ou tempo de utilização por mês, o recurso ao carsharing pode ficar bem mais caro do que pagar um crédito automóvel, um seguro auto e todas as outras obrigações associadas à posse de um carro.
Como funciona o carsharing?
O sistema de carsharing é muito simples de usar. Basta seguir estes passos.
1. Registo
Em primeiro lugar, tens de te registar e criar conta numa plataforma de carsharing como a Free2Move, a Kinto ou a Driiveme. Basta preencher os campos com as informações pedidas e anexar os documentos necessários, como carta de condução e cartão de crédito.
2. Reserva
Depois do registo, podes pesquisar e reservar um veículo que esteja disponível para a data e hora que precisares. As plataformas dispõem de vários tipos de carros e de combustível, como citadinos, comerciais, a gasóleo ou elétricos. Escolhe o mais adequado ao que precisares.
3. Pagamento
De seguida, é hora de fazer o pagamento do valor da reserva. Algumas plataformas exigem o pagamento de uma caução. Depois de concluíres o pagamento, o carro fica pronto para levantamento no dia e horário definido.
4. Recolha do veículo
Terás agora de te deslocar ao local onde o veículo está estacionado, geralmente uma estação de carsharing designada ou um ponto de estacionamento específico na rua. Aí, só precisas do smartphone para abrir o carro e começar a conduzir. Não precisas de ir levantar a chave. Simples, não é?
4. Viagem
Durante a viagem, tens acesso total ao veículo e podes conduzi-lo conforme necessário. Não há limitações quanto à rota a seguir, desde que o veículo seja depois devolvido dentro da área de operação do serviço de carsharing. E, claro, és o responsável pelo pagamento de eventuais portagens e SCUTs.
5. Devolução do veículo
Quando já não precisares do carro, é altura de o estacionar no local designado pelo serviço de carsharing – pode ser um estacionamento público ou um sítio específico reservado para o serviço. Geralmente, tens de o devolver com o nível de combustível igual ao entregue.
Que cuidados ter com carsharing?
Ao recorrer a carsharing, é importante ter em mente alguns cuidados para teres uma experiência segura e tranquila.
1. Verifica as condições do veículo
Verifica o estado geral do veículo, incluindo pneus, nível de combustível, luzes e funcionalidades básicas. Se notares algum problema, reporta imediatamente ao serviço de carsharing.
2. Respeita as regras de utilização
Não facilites e cumpre todas as regras e regulamentos estabelecidos pelo serviço de carsharing, incluindo limites de velocidade, estacionamento e eventuais restrições de utilização. Verifica se há políticas de penalização por infrações.
3. Previne furtos
Evita deixar objetos de valor à vista no interior do veículo. Se os tiveres de deixar dentro do carro, coloca-os no porta-luvas ou na mala.
4. Mantém o veículo limpo
Antes de devolveres o carro, certifica-te de que está limpo e sem resíduos. Remove qualquer lixo ou objetos pessoais, e deixa-o nas mesmas condições em que o encontraste. Estaciona-o corretamente e dentro das diretrizes do serviço de carsharing.
Quanto custa o carsharing?
O preço das viagens de carsharing depende bastante das plataformas que escolheres. Contudo, as tarifas standard tendem a situar-se pelos 0,30€ por minuto em viagem ou a partir de €1,95/hora. Já o serviço Driveme tem uma tarifa fixa de 1€.
Conclusão: o carsharing compensa?
O carsharing é uma boa opção em áreas urbanas onde o estacionamento é escasso e caro ou se fazes apenas viagens curtas e ocasionais, como deslocações para o trabalho, compras rápidas ou passeios pela cidade.
Para facilitar a comparação imagina que percorres 1000 km por mês (cerca de 45 km) por dia.
Custos de possuir o carro
Se optares por comprar um carro, terás de pagar o empréstimo e as despesas fixas mensais, como seguro e estacionamento, além do imposto e eventuais manutenções. Imagina que a prestação do carro vale 150 € por mês, o seguro mais 30 € por mês, a garagem outros 90 € por mês, e serviços de manutenção e imposto de selo mais 300 eur por ano (ou 25 eur por mês). Ao todo, já gastaste 295 € por mês – e ainda não pagaste uma gota de combustível (que vamos assumir que custa o mesmo nos dois cenários).
Custos de utilizar o serviço de carsharing
Imagina que a tua velocidade média é de 40 km/h. Nesse caso, vais precisar de 25 horas para percorrer os mesmos 1000 km mensais. Ao preço de 1,95 € por hora praticado pelos serviços de carsharing, o teu custo mensal é de 48.75 €. Neste caso, compensa largamente recorrer ao carsharing – poupavas quase 246 € por mês.
No entanto, não te esqueças de que o carsharing pode não ser a melhor opção para viagens longas ou frequentes, onde os custos de utilização do serviço podem ser mais elevados do que possuir um carro próprio ou recorrer a outras formas de transporte, como o transporte público. Além disso, a disponibilidade dos veículos e a conveniência dos pontos de recolha e entrega podem variar dependendo da localização e da hora do dia, o que pode te pode limitar em algumas situações.
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