Radares de Portugal: onde estão e como funcionam
Ter o pé pesado pesa na carteira e na carta de condução. Descobre onde estão os radares de Portugal e como funcionam.
Atrasaste-te de manhã ou estiveste muito tempo na fila para abastecer o carro. A tendência é empurrar o pé direito para baixo mas a pressa não é motivo para ignorar os radares de Portugal. Não só pode estar em risco a tua segurança, a de quem viaja contigo e dos outros condutores, como podes ter de pagar uma multa de velocidade nada simpática. Vamos dizer-te onde estão os radares de Portugal e como funcionam.
Que tipos de radar existem?
Existem três tipos de radares em Portugal, com o mesmo objetivo (controlar a velocidade dos veículos), mas que recorrem a diferentes formas de deteção e tecnologias.
1. Radares de velocidade fixos
Os radares de velocidade fixos estão programados em função do limite de velocidade aplicável à zona onde estão. Assim, um radar de velocidade fixo que esteja numa zona urbana vai disparar sempre que um veículo ultrapassar os 50 km/h. O mesmo radar pode estar, no mês seguinte, numa autoestrada e, neste caso, já só emite alertas quando os veículos ultrapassarem os 120 km/h.
Este tipo de radares funciona através da emissão de ondas eletromagnéticas que detetam a velocidade do carro. Perante a passagem do veículo em infração, o radar tira uma fotografia ao carro de forma que a matrícula seja visível e imprime a velocidade detetada.
2. Radares de velocidade móveis
Os radares de velocidade móveis não têm uma estrutura própria como acontece com os radares fixos, mas são aparelhos portáteis que podem estar em qualquer local. Por esse motivo, passam despercebidos aos condutores. São exemplo as conhecidas pistolas radar laser LiDAR, usadas pela PSP e GNR em fiscalização rodoviária.
Estes radares emitem um laser que é interrompido pela passagem do veículo. Esse tempo de interrupção é usado para fazer o cálculo da velocidade do veículo. Também neste caso é tirada uma fotografia para comprovar a situação de infração.
3. Radares de velocidade média
Os radares de velocidade média, também conhecidos por radares inteligentes, são equipamentos relativamente recentes que visam penalizar quem reduz repentinamente a velocidade quando se aproxima de um radar. Ao invés de indicarem a velocidade instantânea dos veículos, calculam a velocidade média entre dois pontos de um determinado trajeto. Dito doutro modo, há dois radares, um no ponto A e outro mais à frente, no ponto B. Com base na hora de passagem pelo primeiro e, depois, pelo segundo, é calculado o tempo que o veículo demorou a percorrer o trajeto, assim como a velocidade média.
Assim, de nada adianta parar a meio para fazer tempo ou acelerar depois de passar o radar. Se o condutor circular em excesso de velocidade, será multado pelas autoridades. Além disso, a multa continua válida mesmo que o condutor circule ao lado de outro veículo, uma vez que este sistema consegue medir a velocidade de vários carros ao mesmo tempo.
O que detetam os radares de Portugal?
O principal objetivo dos radares de Portugal é detetar a velocidade acima dos limites impostos por Lei. Contudo, os radares têm alguma tolerância. Há uma margem de erro, também conhecida pela “Regra dos 7”, ou seja, os radares só sinalizam quando a velocidade detetada for superior a 7% do limite do troço em que viajas. Por exemplo, na autoestrada, só serás multado de circulares a 128 km/h. Dentro das localidades, podes passar por um radar a 53 km/h sem consequências.
Além de medir a velocidade dos veículos, os radares de Portugal também detetam passagens de sinal de vermelho. Neste caso, o radar é acoplado ao semáforo, com ligação a um sensor na superfície da estrada que deteta a passagem do veículo. Há também uma caixa junto aos semáforos com uma câmara que tira duas fotografias seguidas, para comprovar a passagem indevida do veículo.
Os radares de Portugal também conseguem detetar outras manobras perigosas, como passar um traço contínuo, cruzar a faixa errada num cruzamento, não cumprir as distâncias de segurança ou circular em faixas destinadas a transportes públicos ou bicicletas. Mais recentemente, detetam quando o condutor está o usar o telemóvel para fazer chamadas, enviar ou receber mensagens ou consultar a Internet.
A que velocidade disparam os radares?
A velocidade a que disparam os radares depende da localização onde estão instalados. Contudo, independentemente de serem radares fixos, móveis ou de velocidade média, todos partilham uma característica comum, conhecida como a margem de erro, também chamada de “Regra dos 7”.
De acordo com esta regra, os radares podem ter uma margem de erro até 7% ou 7 quilómetros por hora, dependendo da velocidade a que conduzes. Quando se aplicam os limites de velocidade abaixo de 100 km/h, o disparo dos radares permite uma margem de erro de 7 km/h. Quando se aplicam os limites de velocidade acima de 100 km/h, a tolerância é de 7%.
Exemplificando, se conduzires numa estrada onde a velocidade máxima permitida é de 50 km/h, o radar dispara quando atingires os 58 km/h. Se estiveres numa autoestrada, o radar vai disparar quando chegares a uma velocidade superior a 117,7 km/h
Onde estão os radares em Portugal?
A cada mês, a Polícia de Segurança Pública publica a lista dos locais e horas onde vai colocar radares de velocidade. É ainda possível consultar, em tempo real, a localização de todos os radares de Portugal através do website Radares de Portugal.
Uma outra fonte para saberes onde estão os radares na tua zona é Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária. Todos os radares têm de ser aprovados por esta entidade, pelo que a sua página oficial divulga toda a informação. Além disso, as aplicações de navegação, habitualmente, sinalizam os radares na rota definida, como o Google Maps ou Waze.
Contudo, fica já a saber onde estão os 20 novos radares em Lisboa: avenidas Santos e Castro (2), Lusíada (2), General Norton de Matos (1), Padre Cruz (2), Marechal Gomes da Costa (1), da Índia (1), Infante Dom Henrique (2), Dr. Alfredo Bensaúde (2), Almirante Gago Coutinho (1), de Ceuta (1), Calouste Gulbenkian (1), Marechal Craveiro Lopes (1), Combatentes (1) e 2.ª Circular (1).
Já os radares de velocidade média, ou os inteligentes, não têm uma localização fixa, pelo que apenas é possível saber a zona. São elas: A41 (Aveiro), EN206 e IC1 (Beja), IC8 (Castelo Branco), A1 e EN109 (Coimbra), A6 e IP2 (Évora), EN398 (Faro), A9, EN10, EN6-7 e IC19 (Lisboa), A3 (Porto), A1 (Santarém), EN10, EN378, EN4, EN5 e IC1 (Setúbal).
Como saber se foste “apanhado” por um radar?
Se achas que ultrapassaste o limite de velocidade, mas ficaste com a dúvida se a infração chegou a ser registada por um radar, o primeiro passo é consultar o Portal das Contraordenações Rodoviárias. Aqui podes encontrar todo o teu histórico de infrações rodoviárias (com exceção das leves), incluindo os pontos que tens na carta de condução.
Podes aceder ao Portal de duas formas: através do Cartão de Cidadão, de forma imediata, ou através de Registo, que implica um período de espera. No primeiro caso, será necessário usar um leitor de cartões e ter os certificados necessários instalados no computador. No segundo, terás de preencher um formulário com os teus dados pessoais e, depois de ser validado, recebes no email um link para definir a senha de acesso.
O que acontece depois?
Se a tua infração foi registada por um radar, tens duas hipóteses: pagar na hora ou contestar. Se pagares logo, assumes-te como responsável e o caso fica encerrado. Se quiseres contestar, deves informar o agente de autoridade que não queres pagar no imediato. Contudo, terás na mesma que fazer um depósito no valor da coima, no prazo de 48 horas. Se te for dada razão, esse depósito será depois devolvido.
Para provares a tua inocência, terás de fazer uma carta de defesa. Reúne toda a informação disponível, como as fotografias do radar, certificação do mesmo e o auto. Radares não certificados ou autos mal redigidos podem originar a anulação da multa. Deves expor a situação de forma a provar (e não só invocar) a tua inocência.
Se não te for dada razão, podes ainda pagar a multa em prestações, se esta exceder os 200 euros. Se não receberes qualquer resposta à tua contestação durante 2 anos, a multa prescreve e o depósito é devolvido.
Qual o melhor detetor de radares para Portugal?
Existem algumas aplicações gratuitas e compatíveis com Android Auto e Apple CarPlay que te podem avisar de todos os radares em Portugal. Toma nota.
1. Radarbot, detetor de radares
Esta aplicação emite alertas em tempo real, e não precisas de estar ligado à internet. No momento certo, avisa-te de alertas de tráfego e limites de velocidade específicos para diversos tipos de carros. Assim podes concentrar-te na condução e desfrutar da viagem sem te preocupares com os radares.
2. Waze, radares ao vivo
O Waze é uma das principais escolhas dos condutores e uma excelente alternativa ao Google Maps. Exibe um velocímetro para te ajudar a manter dentro dos limites de velocidade e fornece informações em tempo real sobre tráfego, obras, acidentes e muito mais. Sempre que te aproximares de uma área com radar, recebes um aviso visível no canto esquerdo do ecrã, acompanhado por um alerta sonoro. O alerta desaparece assim que sais da área de vigilância do radar.
3. SocialDrive, a rede social para condutores
Esta é plataforma social muito popular que te dá atualizações em tempo real sobre o trânsito nas proximidades, a presença de radares e quaisquer incidentes que ocorram em qualquer parte de Portugal. Estarás bem informado sobre as condições nas estradas e também poderás partilhar essas informações com outros utilizadores, sem qualquer custo.
4. TomTom AmiGO, a aplicação sem anúncios
Esta aplicação é uma das alternativas mais populares ao Google Maps e ao Waze. És notificado em tempo real sobre várias de informações cruciais, como radares fixos e móveis, áreas de velocidade média, congestionamentos, bloqueios de estradas. Depois, podes planear percursos em conformidade com o trânsito. Tudo isto sem anúncios.
5. Radares de Portugal, a aplicação pensada para o nosso país
Esta é uma aplicação nacional que exibe um mapa de radares em tempo real e um modo de navegação com alertas visuais e sonoros. Conta com várias outras funcionalidades inovadoras, como a possibilidade de os condutores confirmarem a presença de radares nas estradas portuguesas.
Carmine.pt, no radar dos melhores carros usados
A solução 100% eficaz para evitar ser detetado pelos radares de Portugal é tirar o pé do acelerador e, se for preciso, travar. Os radares existem para te proteger a ti, as pessoas que viajam contigo e os outros condutores. Assim, pratica sempre uma condução responsável, regrada e defensiva. No nosso blog, podes encontrar mais dicas sobre a atualidade do mundo automóvel e, quando precisares de trocar de veículo, espreita em Carmine.pt os mais de 20 mil carros usados que estão à procura de novo dono.