Se estás preocupado, não és o único. Descobre porque é que os carros subiram de preço e o que fazer.

Comprar um carro costumava ser um sonho, mas agora pode ser um pesadelo. O preço dos carros tem atingido níveis históricos, quer enquanto novos, quer como usados, e os números não deixam margem para dúvidas. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor do U.S. Bureau of Labor Statistics, os preços dos carros novos aumentaram 12,2% em apenas um ano, e os preços dos carros usados subiram 40,5%.

Tomando exemplos específicos, o preço base de um Renault Clio a gasolina era, em 2019, de 17 790 euros. Hoje, a mesma versão custa 20 415 euros. Esta diferença ainda é maior no caso do Volkswagen Polo, cujo preço aumentou 33,8%, e no Dacia Sandero, que subiu 37,5%.

Afinal, porque é que os carros subiram tanto de preço?

Porque é que os carros subiram de preço e a que se deve esta escalada tão expressiva? Os especialistas apontam para diversos fatores que aconteceram em simultâneo, entre eles a crise dos semicondutores, os altos custos de produção e a inflação, ainda motivados pela pandemia COVID-19. Tira aqui todas as dúvidas.

Escassez de semicondutores

A escassez global de semicondutores é uma das principais razões pelas quais os carros estão tão caros atualmente. Estes componentes compõem grande parte da estrutura dos carros, mas, com o impacto da pandemia, a procura por semicondutores foi absorvida por outros setores como a informática e a saúde. Deixou de haver produção suficiente para todos e o setor automóvel foi ficando para o fim da fila.

Subida dos custos de produção

Os carros são compostos basicamente por aço, borracha, petróleo e alumínio, os quais tiveram um aumento de preço importante nos últimos anos. Só o aço aumentou mais de 60% em 2022, e um carro, em média, precisa de 800 quilos desta matéria-prima. O petróleo e os seus derivados também sofreram um aumento significativo, o que ajuda a agravar o cenário (já para não falar do preço dos combustíveis).

Inflação galopante

A inflação desempenha um papel significativo no aumento dos preços dos carros. Cai o poder de compra da moeda, o que significa que é preciso mais para comprar o mesmo. Afeta toda a economia, e o setor automóvel não é imune.

Perturbações no transporte

Quem encomendar um carro novo pode ter de esperar até um ano para o poder conduzir. A situação atual é de constrangimentos com os transportes. Hoje, as marcas demoram muito mais tempo a entregar as encomendas, porque os custos associados aos transportes aumentaram com o preço da energia.

Mas quando é que os preços vão baixar?

Não se espera uma descida dos preços para breve. Vai continuar a ser um problema no futuro previsível, enquanto se mantiverem os fatores que fazem os preços subir. A expectativa é que a retoma do setor automóvel seja gradual, e que os preços dos carros diminuam à medida que novos veículos forem produzidos e lançados no mercado. Em muito pode ajudar o crescente interesse por carros elétricos e a redução dos preços das baterias.

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