Se estás a pensar comprar pneus usados, toma nota destas 7 dicas para garantir que são seguros e que a poupança compensa.

Trocar pneus é uma das operações mais dispendiosas num carro. A conta é ainda menos simpática para quem tem um SUV ou modelos com jantes acima de 17 polegadas. Por este motivo, muitos proprietários procuram pneus usados na hora da troca. Para acelerar, travar, lidar com pisos molhados e estradas em mau estado com toda a segurança, é importante garantir que fazes uma boa troca. Reunimos 7 dicas a ter em conta na hora de escolher pneus usados.

1. Faz uma inspeção visual aos pneus usados

O primeiro passo a tomar é observar com atenção os pneus usados. Procura defeitos, como rachas ou cortes. Se encontrares, isso pode ser sinal de que o pneu usado não está em boas condições.

Olha também para o interior do pneu para ver se há sinais de reparação. Se houver saliências de borracha coladas, o pneu terá sido consertado com uma faixa de borracha, para reparar um furo. É mau sinal, principalmente se o vendedor não te tiver usado com antecedência.

2. Avalia o desgaste dos pneus usados

Os pneus usados, para estarem em condições para venda, devem apresentar um desgaste uniforme, sem superfícies lisas. Assim, inspeciona cuidadosamente o pneu para ver se encontras áreas de desgaste irregular ou mais pronunciadas. É sempre boa ideia fazeres-te acompanhar por outra pessoa.

Quando os pneus usados apresentam um desgaste irregular, podem comprometer a tua segurança ao volante. Pode também ser motivo para o teu carro não passar na inspeção, obrigando-te até a fazer uma nova troca e, como consequência, a teres uma dupla e desnecessária despesa.

3. Verifica a idade dos pneus usados

Quanto mais novos forem os pneus usados, melhor. Por isso, pergunta pela data de fabrico. Esta informação está na parede lateral inferior do pneu, onde vais encontrar um número de 4 algarismos ao lado direito das letras DOT. Os dois primeiros algarismos designam a semana de fabrico dos pneus usados, e os dois últimos indicam o ano.

Por exemplo, se encontrares “1020”, isso significa que o pneu foi fabricado em março de 2020. A recomendação é que não compres pneus usados que tenham uma idade superior a 6 anos. Com essa idade, a probabilidade de comprometer a tua segurança em situações de travagem é superior.

4. Consulta o tipo e as medidas corretas dos pneus usados

Tal como acontece quando compras um pneu novo, também ao comprar pneus usados terás de escolher o tipo e medidas corretas. Esta informação pode ser encontrada em relevo, na parte lateral do pneu. Tomando por exemplo o código 205/60R15 91V, isto significa:

• 205: Largura do pneu em milímetros.
• 60: Relação percentual entre a altura e a largura do pneu. Quanto menor o valor, mais desportivo será o pneu usado (mais largo e com laterais mais baixas).
• R: Tipo de construção radial. Atualmente, todos os pneus são radiais.
• 15: Diâmetro da jante em polegadas.
• 91: Índice de carga, que indica o peso máximo que cada pneu pode carregar na velocidade máxima dada pelo fabricante. Deves comprar todos os pneus usados com o mesmo índice para distribuir o peso nos quatro pneus de forma uniforme.
• V: Índice de velocidade, que se refere à velocidade máxima que o pneu suporta. Neste caso, o índice V corresponde à velocidade máxima de 220 km/h. Deves trocar os pneus usados com este índice e não com outro (como H, por exemplo), mesmo que não pretendas atingir esta velocidade.

5. Confirma se os pneus usados são de verão, de inverno ou para todas as estações

De seguida, verifica se os pneus usados são de verão, de inverno, ou de todas as estações. Os pneus de verão foram desenvolvidos para circular em temperaturas amenas, ao passo que os pneus de inverno são ideais para pisos molhados ou com neve.

Já os pneus para todas as estações são os mais utilizados em Portugal. Conjugam as vantagens dos dois tipos anteriores, sendo, por isso, ideais para o clima moderado que se faz sentir no nosso país. Contudo, se viajares para zonas onde as estações são extremas, escolhe o tipo de pneus em conformidade. Pode parecer dispendioso e trabalhoso, mas estarás a circular com maior segurança e a diminuir o desgaste dos pneus.

6. Equipa devidamente cada eixo

Procura equipar cada eixo com pneus usados semelhantes. Para além disso, é fundamental que os pneus do mesmo eixo sejam idênticos: a mesma marca, o mesmo desgaste, as mesmas dimensões, o mesmo código e o mesmo índice do pneu (velocidade e carga).

Além disso, não te esqueças de trocar sempre os pneus dois a dois, ou quatro a quatro. A situação mais comum é trocar dois a dois, uma vez que os pneus não se desgastam do mesmo modo no eixo dianteiro e no eixo traseiro.

7. Verifica a profundidade do pneu usado

A profundidade de um pneu deve situar-se no intervalo definido pelo fabricante, para obteres o melhor equilíbrio entre a vida útil do pneu e o consumo de combustível. Circular com pouca profundidade coloca a tua segurança em risco, ao passo que um pneu demasiado profundo consome mais combustível.

Quando novos, os pneus apresentam um piso de cerca 8 ou 9 mm. Por lei, podes circular com eles até chegarem a uma profundidade mínima de piso de 1,6 mm (75% da largura do pneu e em toda a sua circunferência). Isto significa que deves trocar os pneus assim que é atingido este limite, mas também que é prematuro substituir os pneus antes de o atingir.

Com estas informações, estarás preparado para escolher pneus usados, com segurança e poupança. Antes de fechares a compra, presta atenção a todos os parâmetros mencionados acima. Não te esqueças que uma casa que vende pneus usados, por norma, terá de oferecer-te uma garantia mínima de 15 dias. Por isso, assim que detetes algum problema, não hesites em contactar quem os vendeu. Boa compra e boas viagens!