Manter as contas em dia é essencial para o sucesso de qualquer negócio. E é mais fácil do que pode parecer. Descobre o que é o fluxo de caixa e como o melhorar.

Ter um negócio de compra e venda de carros envolve sempre investimentos em stock, compras de elevado volume e margens de lucro inconstantes. Por isso, uma gestão eficaz do fluxo de caixa é essencial para a saúde financeira do negócio. Descobre o que é, para que serve e 6 dicas para o melhorar de forma prática.

O que é o fluxo de caixa?

O fluxo de caixa é uma ferramenta financeira essencial para quem gere um negócio. Acompanha e regista todas as movimentações de dinheiro de uma empresa, geralmente em intervalos mensais, trimestrais ou anuais.

Esta ferramenta regista duas categorias principais de transações financeiras: entradas de caixa, que incluem todas as receitas e fontes de dinheiro que entram, e saídas de caixa, que englobam todas as despesas e gastos. As entradas e saídas podem ter várias origens, como vendas de automóveis, pagamentos por prestação de serviços, investimentos, empréstimos, pagamento a fornecedores, salários, entre outros.

Para que serve o fluxo de caixa?

O fluxo de caixa é importante para ter uma visão mais clara da saúde financeira de um negócio. Especificamente, serve para o seguinte:

1. Acompanhamento financeiro

Permite um acompanhamento detalhado das entradas e saídas de dinheiro, ajudando a conhecer de onde vêm os lucros e como são gastos ao longo do tempo. Esta vantagem é ainda mais importante no setor automóvel, onde a margem de lucro pode variar significativamente.

2. Tomada de decisões financeiras

O fluxo de caixa facilita a tomada de decisões informadas sobre a aquisição de stock de veículos, investimento em marketing, expansão de instalações ou contratação de pessoal. Por isso, também ajuda a maximizar o retorno sobre o investimento.

3. Gestão de stock

Ajuda a gerir o stock de veículos, garantindo que haja recursos financeiros disponíveis para comprar novos carros e que não haja excesso de veículos parados.

4. Negociação com fornecedores

Permite negociar prazos de pagamento com fornecedores com base na capacidade de pagamento, o que pode ser benéfico para obter melhores condições de compra.

5. Avaliação de desempenho financeiro

Ajuda a avaliar o desempenho financeiro do stand automóvel, incluindo a capacidade de gerar lucro com as operações de vendas e serviços.

6. Redução de riscos financeiros

Ajuda a identificar e gerir riscos financeiros, como a dependência excessiva de determinados modelos de carros ou problemas de liquidez que possam surgir durante períodos de baixa procura.

Que tipos de fluxo de caixa existem?

Existem dois tipos principais de fluxo de caixa: o operacional e o não operacional.

Fluxo de caixa operacional

O fluxo de caixa operacional inclui todas as entradas e saídas de dinheiro provenientes das operações diárias. As entradas podem incluir as receitas geradas pelas vendas de carros, serviços de manutenção, inspeções, peças sobressalentes, financiamentos ou leasing de carros. Em suma, todas as fontes de rendimento diretamente ligadas às operações do stand automóvel.

As saídas englobam as despesas usadas para manter o negócio. Podem incluir encargos com fornecedores, salários, despesas de publicidade e marketing, aluguer ou financiamento de instalações, despesas com seguros, entre outras.

Fluxo de caixa não operacional

As entradas de um fluxo de caixa não operacional englobam todas as transações financeiras que não estão relacionadas com a atividade de um stand. São exemplos a venda de ativos não essenciais (como imóveis ou veículos de frota antigos) ou recebimentos de investimentos de acionistas ou terceiros.

As saídas incluem despesas que não estão diretamente relacionadas com o stand automóvel, como pagamentos de juros, pagamento de dividendos a acionistas ou despesas com atividades de investimento, como a aquisição de propriedades adicionais. Por isso, o fluxo de caixa não operacional é essencial para saber como as atividades de investimento ou financiamento estão a afetar a liquidez e a saúde financeira da empresa.

Como se calcula o fluxo de caixa?

Calcular o fluxo de caixa é muito simples. Basta listar as entradas e saídas de dinheiro durante um determinado período e fazer a subtração. Quer para o tipo operacional, quer para o não operacional, a fórmula é:

Fluxo de caixa = entradas de caixa – saídas de caixa

O saldo final é a quantia de dinheiro disponível no final do período de análise. Este saldo pode ser usado para determinar se a empresa gerou mais lucros do que despesas e se tem a capacidade de cumprir as obrigações financeiras.

Como melhorar o fluxo de caixa?

Existem várias estratégias para melhorar o fluxo de caixa no negócio de venda de carros.

1. Aumentar as vendas

Concentra-te em estratégias de marketing eficazes, como publicidade segmentada e promoções sazonais para atrair mais compradores em potencial e aumentar o volume de vendas. Tira partido das plataformas online para vender carros, como a Carmine.pt.

2. Gerir bem o stock de veículos

Mantém um bom equilíbrio entre a oferta e a procura, para não ficares com veículos em excesso e com capital parado. Reforça a força de vendas em carros com menos procura para não ficarem muito tempo em stock.

3. Negocia condições com fornecedores

Tenta negociar prazos de pagamento mais longos com fornecedores de carros ou peças para conservar o capital e melhorar o fluxo de caixa.

4. Oferece opções de financiamento atrativas

Disponibilizar financiamento ou leasing automóvel com condições especiais pode incentivar os compradores a fechar negócio, especialmente aqueles que estão no fundo do funil e só precisam de um empurrãozinho para finalizar a compra.

5. Diversifica as fontes de receita

Considera expandir os serviços oferecidos pelo teu stand ou concessionária, como serviços de manutenção, revisões automóveis, acessórios ou programas de fidelidade, para criar fluxos de receita adicionais.

6. Controla as despesas operacionais

Passa a pente fino todos os encargos e vê se encontras oportunidades para reduzir as despesas. Por vezes, medidas simples como verificação de fugas de água ou identificação de áreas de desperdício podem significar poupanças expressivas.

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