Papa-reformas: a história

É um carro? Uma mota? Uma caixa com rodas? Não. É um papa-reformas. Descobre a história e porque estão a merecer nova popularidade.

O termo caiu um pouco em desuso, e os papa-reformas são agora oficialmente chamados de microcarros. Já cá andam desde a Primeira Guerra Mundial e a surpresa é que são cada vez mais populares. Descobre a história – e futuro – dos papa-reformas.

O que são papa-reformas?

Os papa-reformas, ou microcarros, são carros que, como o próprio nome indica, são pequenos e leves, pensados para deslocações curtas na cidade, com uma velocidade máxima limitada. Começaram por servir as pessoas mais idosas que não podiam tirar a carta ou que a tinham perdido. Daí serem apelidados, na gíria, de papa-reformas.

Regra geral, estes veículos podem ser de dois tipos:

  • Quadriciclos ligeiros, com velocidade máxima de 45km/h, peso da carroçaria vai até aos 425 kg e cilindrada inferior ou igual a 50 cm3 ou 500 cm3 (em motores com compressão).
  • Quadriciclos pesados. Neste caso,as características são as mesmas dos quadriciclos ligeiros, à exceção do peso sem carga – não pode ultrapassar os 425 kg para transporte de passageiros, ou 600 kg para transporte de mercadorias.

Como surgiram os papa-reformas?

A história dos papa-reformas remonta ao início do século XX, mais precisamente à década de 1920. Depois da Primeira Guerra Mundial, muitos países enfrentaram restrições e escassez de recursos, o que deu origem a uma grande procura por carros baratos. A resposta logo se fez sentir, e vários fabricantes da Europa começaram a produzir microcarros, com motores pouco potentes, carroçarias leves e um design muito compacto.

“Bubble Car”, o primeiro papa-reformas a ser fabricado

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O primeiro papa-reformas a ser fabricado foi o “Bubble Car”, pela mão da empresa alemã Messerschmitt. O modelo KR175 tinha uma cabine em forma de bolha (daí o nome) e apenas uma única porta frontal que se abria para cima. Só conseguia transportar duas pessoas, uma atrás da outra. O motor tinha apenas 174 cc, com um único cilindro. Foram fabricadas 15 mil unidades e o sucesso de vendas fez com que a marca criasse o modelo seguinte, KR200, desta vez com um motor de 191 cc.

Ambos os modelos fizeram furor na altura e deixaram um legado duradouro no mundo automóvel. Ainda hoje são apreciados por colecionadores e entusiastas de carros clássicos.

A partir dos anos 60, os papa-reformas começaram a perder popularidade. Nesta década, a indústria automóvel estava em ascensão, produzindo em larga escala carros mais potentes, rápidos e de maiores dimensões, e os preços foram ficando mais acessíveis.

Nos últimos anos, os papa-reformas voltaram a ganhar protagonismo nas cidades. Isto porque o trânsito intenso, preocupações ambientais e as ruas estreitas levaram muitos condutores a procurar carros pequenos, para circular nas ruas congestionadas. Fáceis de estacionar, ocupam menos espaço nas estradas e são ideais para viagens curtas em áreas urbanas. Não admira que se tenham tornado numa das opções mais convenientes. 

Para onde vão os microcarros?

Os papa-reformas são direcionados agora para um novo público: condutores mais jovens.

Os modelos cheios de personalidade atraem quem procura algo diferente do convencional. Cores diferentes e vibrantes, carroçarias originais e divertidas e um nível de personalização muito elevado permitem compor o carro de acordo com o gosto do condutor, refletindo na perfeição uma identidade muito própria.

A isto se juntam as opções mais eco-friendly comparativamente aos carros movidos a gasolina ou diesel, como os microcarros elétricos ou híbridos, em linha com as preocupações ambientais das novas gerações.

O que é preciso para conduzir um papa-reformas?

Para poderes circular na via pública com um microcarro, tens de ter, pelo menos, 16 anos de idade uma carta de condução específica, chamada AM. A inscrição na escola de condução pode ser feita 6 meses antes de completares 16 anos.

A nova geração dos papa-reformas

Os papa-reformas voltaram para ficar. Várias marcas contam com microcarros usados e novos pensados para a diversão, praticidade e conforto dos condutores urbanos. E o melhor é que contemplam preços para todas as carteiras. Continuam a ser pequenos, de baixa cilindrada ou potência, mas estão cada vez mais sofisticados. Destacam-se os seguintes:

1.     Renault Twizy

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Com um design futurista, o Renault Twizy é a atração da estrada. A agilidade deste microcarro excêntrico compensa a velocidade modesta. Este microcarro elétrico é perfeito para circular na cidade. A versão usada ronda os 6.000€, um preço aliciante para começares a fazer os teus percursos citadinos.

2.     Microcar M.GO

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Muito pequeno e acessível a maiores de 16 anos. São uma boa alternativa para quem se quer movimentar com inteligência e sem restrições. Uma síntese perfeita entre design, conforto, praticidade e prazer de condução. Os preços para este microcarro usado variam entre os 10.000 e os 18.000€.

3.     Aixam City

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O Aixam City é a companhia perfeita para circular na cidade sem poluição e sem dificuldade em estacionar. Transporta dois passageiros e está tecnologicamente bem equipado. Uma aposta da marca francesa Aixam neste segmento com preços apelativos que começam nos 13.000€.

4.     Citroen Ami

Citroën Ami Carmine

Uma solução engenhosa, divertida e prática, com um visual futurista. Apesar da sua pequena dimensão, o interior do Citroen AMI é surpreendentemente espaçoso. Tem 2 lugares bem servidos por um tejadilho panorâmico, e atinge a modesta velocidade máxima de 45 quilómetros por hora. O preço deste microcarro elétrico usado ronda os 8.000€.

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