Papa-reformas: a história
É um carro? Uma mota? Uma caixa com rodas? Não. É um papa-reformas. Descobre a história e porque estão a merecer nova popularidade.
O termo caiu um pouco em desuso, e os papa-reformas são agora oficialmente chamados de microcarros. Já cá andam desde a Primeira Guerra Mundial e a surpresa é que são cada vez mais populares. Descobre a história – e futuro – dos papa-reformas.
O que são papa-reformas e como surgiram?
Os papa-reformas, ou microcarros, são carros que não precisam de carta de condução para serem utilizados. Como o próprio nome indica, são pequenos e leves, pensados para deslocações curtas na cidade, com uma velocidade máxima limitada. Começaram por servir as pessoas mais idosas que não podiam tirar a carta ou que a tinham perdido. Daí serem apelidados, na gíria, de papa-reformas.
A história dos papa-reformas remonta ao início do século XX, mais precisamente à década de 1920. Depois da Primeira Guerra Mundial, muitos países enfrentaram restrições e escassez de recursos, o que deu origem a uma grande procura por carros baratos. A resposta logo se fez sentir, e vários fabricantes da Europa começaram a produzir microcarros, com motores pouco potentes, carroçarias leves e um design muito compacto.
“Bubble Car”, o primeiro papa-reformas a ser fabricado
O primeiro papa-reformas a ser fabricado foi o “Bubble Car”, pela mão da empresa alemã Messerschmitt. O modelo KR175 tinha uma cabine em forma de bolha (daí o nome) e apenas uma única porta frontal que se abria para cima. Só conseguia transportar duas pessoas, uma atrás da outra. O motor tinha apenas 174 cc, com um único cilindro. Foram fabricadas 15 mil unidades e o sucesso de vendas fez com que a marca criasse o modelo seguinte, KR200, desta vez com um motor de 191 cc.
Ambos os modelos fizeram furor na altura e deixaram um legado duradouro no mundo automóvel. Ainda hoje são apreciados por colecionadores e entusiastas de carros clássicos.
Seguiu-se um declínio, mas…
A partir dos anos 60, os papa-reformas começaram a perder popularidade. Neste década, a indústria automóvel estava em ascensão, produzindo em larga escala carros mais potentes, mais rápidos e maiores, e os preços foram ficando mais acessíveis.
Além disso, a economia começou a recuperar, e os condutores podiam dar-se ao luxo de comprar carros maiores. As condições de vida melhoravam, e as dos carros também.
… agora, os microcarros voltaram em força!
Nos últimos anos, os papa-reformas voltaram a ser os protagonistas das cidades. Isto porque o trânsito intenso, preocupações ambientais e as ruas estreitas levaram muitos condutores a procurar carros pequenos, para circular com mais agilidade nas ruas congestionadas. Fáceis de estacionar, ocupam menos espaço nas estradas e são ideais para viagens curtas em áreas urbanas. Não admira que se tenham tornado numa das opções mais convenientes.
Para onde vão os microcarros?
Os papa-reformas apontam agora a um novo mercado: condutores mais jovens.
Os fabricantes logo deram uma resposta à altura, com modelos cheios de personalidade que atraem quem procura algo diferente dos carros convencionais. Cores diferentes e vibrantes, carroçarias originais e divertidas e um nível de personalização muito elevado permitem compor o carro ao seu próprio gosto, refletindo na perfeição uma identidade muito própria.
A isto se juntam as opções mais eco-friendly comparativamente aos carros movidos a gasolina ou diesel, como os elétricos ou híbridos, em linha com as preocupações ambientais das novas gerações. As marcas também apostam cada vez mais recursos tecnológicos, que atraem quem já nasceu na era digital.
A nova geração dos papa-reformas
Os papa-reformas voltaram para ficar. Várias marcas contam, na sua oferta, com microcarros pensados para a diversão, praticidade e conforto de todos os condutores urbanos. Continuam a ser pequenos, de baixa cilindrada ou potência, mas estão cada vez mais sofisticados. Destacam-se os seguintes:
1. Renault Twizy
Com um design futurista, o Renault Twizy é a atração da estrada. A agilidade deste microcarro excêntrico compensa a velocidade modesta. A suspensão deixa muito a desejar, mas é perfeito para a cidade.
2. Microcar M.GO
Muito pequeno e acessível a maiores de 16 anos. São uma boa alternativa para quem ser movimentar-se com inteligência, livremente e sem restrições. Uma síntese perfeita entre design, conforto, praticidade e prazer de condução.
3. Aixam City
Para circular na cidade sem carta, sem poluição e sem dificuldade em estacionar. Transporta dois passageiros e está tecnologicamente bem equipado. Uma aposta da marca francesa Aixam neste segmento.
4. Citroen Ami
Uma solução engenhosa, divertida e prática, com um visual que transmite imediatamente uma sensação de simpatia. Apesar do tamanho, o interior é surpreendentemente espaçoso. Tem 2 lugares bem servidos por um tejadilho panorâmico, e atinge a modesta velocidade máxima de 45 quilómetros por hora.
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