A ascensão da China no mercado europeu de veículos elétricos
Descobre como a China está a dominar o mercado europeu de veículos elétricos e o que isso significa para ti.
Sabias só no primeiro semestre de 2024, as vendas de automóveis elétricos chineses na Europa cresceram 26% comparativamente ao ano anterior? Frente a estes avanços, o mercado europeu enfrenta uma encruzilhada histórica. Descobre o que está a mudar no mercado automóvel.
A presença crescente da China no mercado europeu de veículos elétricos
Entre 2020 e 2023, a quota de mercado dos veículos elétricos chineses na Europa aumentou de 3% para mais de 20%, com empresas do país asiático a ultrapassarem marcas como a Tesla em vendas. Mas a que se deve este crescimento? Os principais motivos são essencialmente:
- Modelos mais acessíveis;
- Cadeia de fornecimento eficiente;
- Tecnologias de ponta em baterias e sistemas inteligentes (condução autónoma e conectividade com redes 5G);
- Apoio governamental.
Por um lado, os fabricantes chineses tiram partido de um custo de produção reduzido, graças a uma cadeia de abastecimento altamente integrada e à eficiência na produção.
Por outro, investem massivamente em inovação tecnológica, com o desenvolvimento de baterias de longa duração, sistemas inteligentes mais eficientes e integração de soluções digitais avançadas, que atraem os consumidores europeus.
A junção destes fatores com a inovação no design confere às marcas chinesas uma vantagem competitiva que os fabricantes europeus têm dificuldade em alcançar. Este contexto está a pressionar as fábricas europeias a inovar, aumentar a eficiência e adaptar às novas exigências tecnológicas e de sustentabilidade para manterem a relevância.
O futuro dos veículos elétricos na Europa
Até 2034, espera-se que a quota de mercado das marcas chinesas na Europa atinja 10%, com mais de um milhão de carros vendidos. Para responder às necessidades do mercado, a União Europeia adotou medidas estratégicas para proteger as suas fábricas locais. Entre elas, destacam-se as tarifas alfandegárias que podem chegar até 45,3% – uma forma de reduzir a disparidade competitiva causada pelos subsídios estatais chineses.
Apesar da queda nas exportações de veículos elétricos da China para a Europa, os fabricantes chineses encontraram uma solução: os veículos híbridos. Ao combinar motores elétricos com motores de combustão, os híbridos escapam às tarifas, o que fez as exportações de carros híbridos chineses aumentarem consideravelmente.
Em 10 meses, o mercado de híbridos (híbridos plug-in não incluídos) cresceu 19,8% na União Europeia. Para evitar as tarifas, algumas marcas chinesas também estão a investir na produção local no continente europeu. Empresas como a BYD, SAIC e Geely já revelaram interesse em montar os seus veículos na Europa, incluindo a Chery, que já iniciou a montagem de híbridos em Espanha.
Além das tarifas, a Comissão Europeia está a negociar com a China soluções alternativas, como um preço mínimo para os carros elétricos importados, de modo a equilibrar o mercado e limitar os efeitos das práticas desleais.
Paralelamente, a UE tem investido em incentivos para fortalecer o setor automóvel europeu. Estes esforços incluem a promoção da inovação tecnológica, a transição para cadeias de produção mais sustentáveis e a criação de condições que tornem os veículos ecológicos europeus mais competitivos no mercado global.
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